domingo, 15 de outubro de 2017

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS: alunos pesquisaores

Alunos pesquisadores frutos da Extensão: IMAGEMSOBRE O PAPEL:ORIGINAL E GRAVURA; e do Grupo de Pesquisa: O PAPEL NA ARTE DO MARANHÃO: ORIGINAL E GRAVURA ambos coordenados pela profa. Dra. Regiane Caire Silva – Universidade Federal do Maranhão, apresentaram trabalhos em eventos importantes na UFMA.

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM CULTURA E SOCIEDADE – out/2017:
·  Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho com o tema: COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO MARANHÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A GRAVURA DE TARSILA DO AMARAL
·  Flavia Rodrigues dos Santos com o tema: AS OBRAS DE CÍCERO DIAS NO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO MARANHÃO. 

IV FORUM DE EXTENSÃO - out/2017
·    Débora Santiago de Azevedo: A IMPORTÂNCIA DA GRAVURA DO ENSINO EM ARTES
·   Luiz Eduardo Bruzaca de Carvalho com o trabalho: A COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO MARANHÃO: A GRAVURA COMO UM BEM CULTURAL A SER PRESERVADO.


Parabéns a todos e vamos continuar com as pesquisas.

RESUMOS


Coleção do Banco Central do Museu Histórico e Artístico do Maranhão: considerações sobre a gravura de Tarsila do Amaral
Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho
Resumo
Este trabalho pretende esclarecer como foi o tramite da doação em 1996 de 49 obras artísticas do Banco Central do Brasil à Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão, com ênfase na gravura de Tarsila do Amaral na questão da autenticidade. Hoje a Coleção do Banco Central, como é conhecida,  está sob responsabilidade do Museu Histórico e Artístico do Maranhão – MHAM. A escolha do tema foi motivada por estar participando do Projeto de Pesquisa O papel na arte do Maranhão: originais e gravuras realizado no museu e nesta coleção, orientado pela Profa. Drª Regiane Caire da Silva e perceber a escassa informação a respeito do acervo. A pesquisadora Raquel Vallego[1] descreve que a coleção do Banco Central do Brasil foi formada pelas obras da Galeria Paulista Collectio Artes Ltda (1969 a 1973) representativa em vendas na época que estimulava a ideia da compra de arte como alternativa de investimento. O interesse da Collectio foi por trabalhos do modernismo, pois tinha consciência da importância dos artistas brasileiros para a Arte Moderna. O sistema adotado pela Galeria era de leilões que foi consolidada durante o ano de 1970 e abriram caminho para investimento da galeria em 1971, sendo o maior destaque a edição e publicação de álbuns de gravura, entre eles do Grupo Santa Helena, Tarsila do Amaral e Clóvis Graciano. Em 1978, com a liquidação do Grupo Financeiro Áurea, a coleção da Galeria Collectio Artes Ltda., (devedora do grupo), foi repassada para o Banco Central do Brasil. Em consequência das turbulências do sistema financeiro daquele período, esse banco adquiriu cerca de 4300 obras de arte, entre pinturas, desenhos e gravuras. (VALLEGO, 2015b, p.2158). Segundo a autora o Banco Central não tinha interesse em se tornar um museu, porém a elevada quantidade de obras que ficaram sob sua guarda impulsionou a formação da Coleção de Arte do Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Esse acervo foi dividido em três partes, a gravura, uma delas, foi destinada a 42 museus. Posicionando a coleção de gravuras em uma grande diversidade de instituições, de pequenos centros culturais a museus de arte moderna e contemporânea,  totalizando um pouco mais de duas mil obras doadas. Nessa relação de doação estava a Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão, escopo deste trabalho.
Palavras-chave: Coleção Banco Central. Tarsila do Amaral. Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Gravura.
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As obras de Cícero Dias no Museu Histórico e Artístico do Maranhão
Flavia Rodrigues dos Santos 
Resumo
Em 1996 a Secretaria do Estado da Cultura do Maranhão recebe a doação de 49 obras do Banco Central do Brasil, que estão até hoje sob a guarda do Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM. O conhecimento da Coleção Banco Central, como é chamada, deu-se com trabalho de catalogação e análise física das obras que está sendo desenvolvido no MHAM pelo grupo de pesquisa “O papel na Arte no Maranhão: originais e gravura”, coordenado pela prof.ª Dr.ª Regiane Caire Silva com os alunos do curso de Licenciatura em Artes Visuais, o qual faço parte. O objetivo geral é contribuir com o setor de museologia do MHAM, que atualmente conta com um número baixo de funcionários para o cuidado das coleções. Entre os artistas da Coleção encontra-se Cícero dos Santos Dias (1907-2003) consagrado no Modernismo brasileiro, reconhecido internacionalmente, que atuou em diversas linguagens como pintura, gravura, ilustração e desenho. Sua carreira artística inicia em 1920 com a introdução dos movimentos vanguardistas no Brasil, destaca-se no Surrealismo com a produção de aquarelas, Abstracionismo e Figuração, produzindo praticamente até o findar de sua vida. O trabalho do artista encontrado no MHAM é serigrafia, técnica de reprodução da imagem utilizada por muitos artistas do movimento Arte Pop em meados do século XX e pelos Modernos. A qualidade encontrada das gravuras de Cícero Dias como cores, formas e impressão ajudou-nos na escolha para o recorte deste estudo. Bem como a preocupação de esclarecimento sobre o artista, tendo em vista, que nada foi encontrado sobre o ele no MHAM. A metodologia utilizada neste trabalho é mostrar o resultado da pesquisa, apresentando os problemas encontrados na catalogação das serigrafias do artista em questão, mostrar a análise física das obras, descrever a importância da Coleção do Banco Central no cenário artístico brasileiro. Bem como a preocupação em relação a conservação das obras, cabe ressaltar que um acondicionamento inadequado pode por em risco o patrimônio que deve ser preservado, neste caso a Coleção do Banco Central e das obras do artista Cícero Dias. 
Palavras- chave: Cícero Dias. Coleção Banco Central do Brasil. Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Patrimônio Cultural.
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A importância da gravura no ensino em artes
Débora Santiago de Azevedo
Resumo
O projeto de extensão A imagem sobre o papel: original e gravura, surgiu como forma de instruir a comunidade acadêmica e demais interessados sobre as diversas linguagens da Gravura, suas especificidades técnicas e contexto histórico. A grande maioria dos participantes da extensão são licenciandos em Artes Visuais, desse modo faz-se necessário entender como os conteúdos abordados podem contribuir no ensino-aprendizado dos alunos do ensino básico, proposta deste trabalho. Bem como contribuir para formação integral do ser, e como meio de potencializar a capacidade criativa do aluno – considerando a criatividade como processo consciente.  Com base na Proposta Triangular – ver, contextualizar e fazer –, nas atuais metodologias de ensino, e levando em conta os Parâmetros Curriculares Nacionais que busca o equilíbrio entre prática e teoria, este trabalho busca entender a extensão como complemento à formação docente e a relevância da Gravura no ensino das Artes.
A imagem, e por consequência sua leitura, é essencial no ensino. Para compreendê-la, é necessário analisá-la dentro de seu contexto e conhecer sua linguagem, visto que a escolha desta não é feita em vão, e que cada uma possui um fazer e uma estética própria, contribuindo na totalidade da obra. Percebe-se que o projeto atende a esta demanda, pois se divide em dois momentos: história da Gravura e práticas de suas linguagens.  A história da Gravura está intimamente ligada com o início da imprensa no século XV, possibilitando o diálogo com a História, Filosofia ou Sociologia, no que diz respeito a produção e armazenamento de memória da humanidade, e também como se davam os meios de difusão da informação. Assim, o docente pode realizar aulas interdisciplinares com outros colegas em sala. Já as técnicas aprendidas dão margem para variadas formas de experimentação, que trabalham com diversos materiais, ampliando o domínio técnico do futuro professor, abrindo novos caminhos no fazer artístico e novas fruições estéticas.
É possível, e também preciso, realizar um paralelo com o grande acervo de Gravuras existentes em São Luís, como na coleção do Banco Central do Museu Histórico e Artístico do Maranhão e na coleção Artur Azevedo sob a guarda do Palácio dos Leões, que carecem de ações museológicas como catalogações e acondicionamento. Nesta situação, o conhecimento  técnico e histórico sobre as gravuras pode atuar como valorizador e protetor do patrimônio ludovicense. Conclui-se que a gravura e suas abrangências se fazem relevantes no ensino de Artes, estabelecendo relações interdisciplinares potencializadoras do processo criativo, e que também tem seu papel na formação cultural e na valorização do patrimônio.
Palavras-chave: Gravura; Ensino das Artes; Patrimônio.
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A Coleção do Banco Central do Museu Histórico e Artístico do Maranhão: a gravura como um bem cultural a ser preservado
Luiz Eduardo Bruzaca de Carvalho
Resumo
O objetivo do projeto de Extensão Imagem sobre o Papel: originais e gravura, é qualificar os participantes – graduandos de Artes Visuais e pessoas da comunidade - a adquirirem informações sobre as técnicas de multiplicação da imagem como: monotipias, xilogravura, cologravura, serigrafia, desde a sua história até as práticas processuais. Bem como estudar o suporte – papel – no que diz respeito a sua conservação. Dessa maneira os participantes da extensão terão capacidade para pequenos diagnósticos e praticar princípios museográficos de catalogação. Este trabalho mostra parte da analise da coleção do Banco Central que está sob a guarda do Museu Histórico e Artístico do Maranhão – MHAM. A coleção é composta de gravuras assinadas por artistas renomados no cenário artístico nacional como: Tarsila do Amaral, Maciej Babinski, Alfredo Volpi, Marcelo Grasmann, Cicero Dias entre outros. As obras destes artistas têm valor histórico significativo e enriquece o acervo artístico do Maranhão. Dentro das novas experiências vivenciadas no projeto de extensão, analisa-se nas coletas de dados da Coleção do Banco Central, as técnicas utilizadas, tiragem da gravura, estilos do artista, conservação do suporte papel. A importância deste trabalho é melhorar a ficha técnica destas obras, mostrar a relevância das gravuras do MHAM e ajudar o museu no trabalho da catalogação, já que este está com quadro de funcionário deficitário.Diante ao exposto conclui-se que, é de suma importância o estudo do acervo doado pelo Banco Central ao MHAM e da formação de pessoal mais qualificado para lidar com a gravura e o suporte papel contribuindo para a preservação do acervo museográfico de São Luís. O projeto de Extensão Imagem sobre o Papel: originais e gravura proporciona aos participantes um leque de conhecimentos sobre as gravuras, partindo dos estudos teóricos a prática de multiplicação de imagem, de acordo com estas possibilidades pode-se descrever pontos crucias para a conservação das obras do acervo do Banco Central. O que era difícil de reconhecer sem a participação no projeto de extensão. 
Palavras-chave: Gravura; Coleção Banco Central; Patrimônio;








[1] VALLEGO, Rachel. Da Galeria Collectio ao Banco Central do Brasil – percursos de uma coleção de arte. 2015. 240 p. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arte) Programa de Pós-Graduação em Arte - Universidade de Brasília, Brasília-DF.