terça-feira, 18 de julho de 2023

EXPOSIÇÃO EXTENSÃO A IMAGEM SOBRE O PAPEL - 2022-2023

 Mais uma turma finaliza a extensão  A IMAGEM SOBRE O PAPEL: ações artísticas como meio de promover a educação ambiental. Foi um ano de muito trabalho e aprendizado, acredito que os participantes terão um novo olhar para as obras feitas sobre o papel, bem como, com a preservação do meio ambiente. Teve intervenção na cidade com lambe de gravuras, oficina de monotipia para alunos da Pós-graduação no CEUMA  e a exposição como trabalho final. A turma composta por: Alecio Lopes, Camila Moraes, Islanny Vitória, Lady Ferreira, Luis Sá e Nielly Aguiar. Para ver mais sobre os trabalhos ver no Instagran @gepipa_ufma



Intervenção no centro histórico com as gravuras

Oficina de monotipia com os alunos da pós-graduação do CEUMA


No atelier







quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

 DOAÇÃO DE PRENSA XILOGRÁFICA

Em janeiro de 2023, nosso projeto de extensão recebeu um presente precioso, uma prensa xilográfica.  O doador é o artista maranhense Wal Paixão que declarou no dia 24 de janeiro de 2023 " a DOAÇÃO de minha prensa xilográfica ao grupo de extensão A IMAGEM SOBRE O PAPEL, aprovado pela Câmara de Pesquisa – UFMA, em 26/12/22, coordenado pela professora Dra Regiane Aparecida Caire da Silva, do Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, de forma definitiva, irrevogável e irretratável, sem quaisquer ônus ou encargos. A prensa ficará no “Casarão Azul”, local onde ocorrem a pesquisa e a extensão dos cursos de artes da referida universidade."

Essa prensa imprimiu muitos trabalhos  do Wal (eu tenho três), foi nela que o artista começou no mundo gravura para não largar mais. Hoje ele vive integralmente para seu trabalho, o que me dá muito orgulho, pois no  início de sua carreira, ele participou  da minha primeira versão da extensão, em 2015. Espero que meus alunos se inspirem nele.




Agora temos três prensas:  de metal/xilo, de serigrafia  (esta eu trouxe de Sampa, trabalhei  muito nela fazendo gravuras) e a de xilo. 

ARTIGOS E EVENTOS EM 2022

 ARTIGO:

A XILOGRAFIA E O LIVRO DE HORAS: a tecnologia de reprodução da imagem nos primeiros livros impressos. Revista História da Ciência e Ensino: Construindo Interfaces 

Autoras: Regiane Aparecida Care da Silva; Maria da Conceição Casanova

Resumo: A investigação trata dos primeiros livros impressos, os incunábulos. A tipologia escolhida foi o Livro de Horas, objeto repleto de imagens, destinado à oração em contexto laico. Estudou-se dois livros: o Horae ad usum Romanum (1493) e o Devote ghetidē vanden levē en̄passie ihū cristi (1498). Objetivou-se comparar a solução gráfica nas duas edições, a repetição da gravura xilográfica relacionada à memória visual e o recurso da cor, com destaque para os fazeres e saberes gráficos do medievo. O resultado mostra que apesar da possibilidade reprodutiva da imagem impressa com a redução de custo, esse recurso foi pouco utilizado nas obras e a estética visual atendeu a públicos diferentes.

Palavras-chave: Livro de Horas, Incunábulo, Xilografia.

VER O ARTIGO COMPLETO AQUI


RESUMOS PUBLICADOS - ANAIS DO IV SIMPÓSIO INTERNACIONALINTERDISCIPLINAR CULTURA E SOCIEDADE - PGCULT  - UFMA - 2022

 A IMAGEM GRÁFICA NA COLEÇÃO ARTHUR AZEVEDO: estudo dos processos de impressão e da conservação preventiva do papel
Autores: Regiane Aparecida Caire da Silva; Lucas Malheiros Araújo

Resumo:
O objeto de estudo deste trabalho são duas revistas impressas no século XIX: Le Moniter De La Mode: Les Mode Parisiennes e do álbum Nos Actrices. As edições foram feitas por diferentes impressores e artistas e fazem parte do acervo da Coleção Arthur Azevedo que está em posse do governo maranhense em sua sede situado no Palácio dos Leões. A pesquisa buscou identificar o possível método de impressão utilizado para criar as obras, para tal, o utilizou-se o uso de fotografias, lupas e outros artifícios para chegar a conclusões mais próximas do real, além do referencial teórico para entender os processos. Observou-se que as imagens dessas duas coletâneas são gravuras com técnicas de impressão que, provavelmente, são distintas uma da outra. O trabalho resultou também no levantamento sobre o acervo da Coleção Arthur Azevedo, a aplicação de cores supostamente utilizadas no século XIX e também sobre o mesmo século estudou a preferência do uso de algumas das técnicas de impressão, como alguns exemplos: a xilografia que é a técnica de impressão em que usa a matriz de madeira e o relevo dessa placa de madeira irá resultar a imagem, já a calcografia usa do metal como matriz e o encavo será o responsável em compor a imagem para o suporte papel e a litografia que é conhecida também como planografia pois sua matriz, frequentemente utiliza a pedra, a imagem vem do resultado de um desenho em uma placa plana com o complexo processo químico em que separa a gordura e a água, passando somente o desenho para o papel. O estado de conservação foi analisado visualmente e encontradas patologias ocasionadas devido ao tempo em que essas obras datam. A pesquisa gerou alguns pontos para desdobramentos futuros, como o tema feminino nos impressos do século XIX, presença marcante nas obras estudadas.


 A LITOGRAFIA DE SÉBASTIEN SISSON E A FOTOGRAFIA DE VICTOR FROND: processos gráficos inovadores do oitocentos
Autoras: Regiane Aparecida Caire da Silva; Amanda Moraes; Valéria Eulina Pereira 

Resumo:
Este trabalho trata da produção litográfica do artista francês Sébastien Auguste Sisson (1824-1898) e o fotografo Jean-Victor Frond (1821-1881), ambos estiveram no Rio de Janeiro e se destacaram utilizando a gravura litográfica e a fotografia no período oitocentista. A escolha dos dois foi por utilizarem os métodos de reprodução da imagem inovadores naquele momento. Cabe frisar que a litografia, descoberta pelo austro-alemão Alois Senefelder em 1798, desempenhou um papel fundamental na impressão da imagem ao longo do século XIX e o início do processo fotográfico esteve diretamente ligado a gravura. No caso de Frond o seu registro fotográfico era passado para a litografia, deste modo não há tanta interpretação do artista gravador, resultando, de modo geral, a uma cópia mais próxima da realidade.  Outro ponto importante da escolha é que o trabalho de Sisson e de Frond pode ser encontrado no acervo gráfico reunido pelo dramaturgo maranhense Arthur Azevedo (1855-1908). O acervo conhecido como a Coleção Arthur Azevedo foi coletado por Azevedo, durante três décadas em que viveu no Rio de Janeiro (1873-1908). Inicialmente o acervo possuía 23.000 itens, mas passou por muitas instituições públicas e algumas obras acabaram se perdendo. Atualmente o acervo contabiliza um montante de aproximadamente 16.000 objetos, como exemplares de gravuras, livros, álbuns e pinturas. A Coleção está sob a salvaguarda do Governo do Estado do Maranhão desde 1910. Partindo daí, objetiva-se investigar a construção do olhar desses artistas a respeito da iconografia carioca e os recursos da reprodução da imagem que utilizaram. Levanta-se também considerações acerca do Rio de Janeiro, que durante o estabelecimento da corte portuguesa, em 1808, aconteceram inúmeras transformações da colônia em sede do Império Português, que influenciaram uma série de eventos tanto no aspecto físico quando no social, e no âmbito cultural. A partir da metodologia qualitativa descritiva utilizou-se do respaldo teórico para as questões gráficas os autores Cardoso (2009), Ivins (1875), Ferreira (1994), Costella (2006);  sobre a Coleção Arthur Azevedo o pesquisador Frederico Silva (2014), sobre a produção litográfica de Sisson consultou-se  Pereira (2019) e Menezes (2008), sobre o fotografo Victor Frond  as autoras Caire Silva e Carvalho (2021), sobre as questões historiográficas do Rio de Janeiro a historiadora Enders (2015), entre outros.




RESUMO EXPANDIDO EM  XII ENCONTRO INTERNACIONAL A IMAGEM MEDIEVAL: HISTÓRIA E TEORIA, 2022, São Paulo. As imagens nos manuscritos medievais. São Paulo: FFLCH/USP.

 A ILUMINURA E A IMAGEM XILOGRÁFICA NOS PRIMEIROS LIVROS IMPRESSOS:
considerações sobre o uso da cor no livro de hora.
Autora: Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo
O termo iluminura, divulgado e utilizado pelos autores medievais a partir do século IX, está relacionado ao verbo latino illuminare, significa qualquer tipo de ornamentação ou ilustração dos manuscritos que busca destaque por meio da imagem. Recurso muito utilizado na Idade Média, em obras mais refinadas a imagem poderia ser encomendada a artistas habilidosos ou decoradas por monges (ou monjas) nos mosteiros, agregava valor estético e alto custo de produção, portanto, destinadas a um público seleto. Igualmente seleto era o proprietário do livro de horas manuscrito, um objeto pessoal, repleto de imagens, de pequeno formato, fácil de manusear e devocional, destinado à oração em contexto laico na intimidade do lar, refletiu o novo pensamento da sociedade medieval do século XIV: a Devotio Moderna. Com esta tipologia encontramos códices iluminados e obras impressas com o surgimento da imprensa de Gutenberg no século XV. Este trabalho aborda como as iluminuras foram representadas no livro impresso, como mantiveram aproximações visuais por um período alargado. A imagem no livro impresso foi atendida por meio do processo xilográfico e o texto manuscrito com o recurso dos tipos móveis. Mas essa primeira produção da imprensa, os incunábulos, procurava imitar o manuscrito para conquistar o seu público, acostumado com as iluminuras. Assim, colorir a gravura foi um procedimento adotado pelos editores. Ao longo da pesquisa, iniciada em 2014, perceberam-se resultados diferenciados neste modo de colorir que nos fez inferir no que seria uma “gravura iluminada” e defender a existência de uma “pintura com o gabarito impresso”. A gravura iluminada teria a própria gravura como determinante do volume, luz e sombra, a cor diluída somente separaria os planos. Já a pintura com o gabarito impresso tem a gravura como um molde, semelhante ao que era feito com os manuscritos (pouncing ou pricking) para agilizar e multiplicar o desenho da figura, a pintura, portanto, determina todo o volume. Deste modo, a gravura quase não aparece sob a camada espessa da tinta o que se assemelha, visualmente, a uma iluminura (original). No primeiro momento da investigação as análises ocorreram nos livros de botânica, com recorte na produção do período oitocentista. No entanto, o interesse me fez recuar à Idade Média, na fronteira da produção dos manuscritos e dos incunábulos, com o intuito de compreender se o resultado encontrado na pesquisa do século XIX seria condizente a do início da imprensa; o que realmente aconteceu. Durante quatro séculos colorir manualmente as
imagens nos livros foi um procedimento recorrente, atividade esta superada apenas com o surgimento do processo da Cromolitografia, patenteada em 1837, a qual pôde imprimir imagens coloridas de maneira mais rápida e com menor custo, iguais entre si em todos os exemplares da edição.



segunda-feira, 27 de setembro de 2021

ARTIGOS PUBLICADOS EM 2021

 Em 2021, a imprensa no Maranhão comemorou 200 anos. A Revista  Outros Tempos da UEMA, publicou um dossiê temático sobre o assunto, do qual publiquei um artigo.

O "CONCILIADOR DO MARANHÃO” E “MEMÓRIA SOBRE A TIPOGRAFIA MARANHENSE” IMPRESSOS DO SÉCULO XIX: considerações sobre a matéria prima papel e ações extrínsecas invasivas praticadas por consulentes

Resumo:

O estudo aborda ações invasivas caracterizadas por riscos, marcas e anotações caligráficas ocorridos em duas obras do século XIX, são elas: o jornal O Conciliador do Maranhão e o livro Memória sobre a tipografia maranhense, de José Maria Correa de Frias. Os motivos das escolhas se deram pelo fato do jornal ser a primeira impressão no Maranhão, em 1821, e o livro por tratar de um relato sensível e significativo do autor e impressor Frias referente às atividades gráficas daquele momento em São Luís. Abordou-se sobre o bem público, a educação patrimonial e a fragilidade do papel. Sobre este último o estudo apontou sua história e diferentes modos de fabricação, com destaque para o uso como matéria prima da impressão no oitocentos. Como resultado, infere-se que as obras sofreram interferências de consulentes específicos, e não agressões feitas por público leigo, e que os rastros deixados são irreversíveis e um mau exemplo.

Palavras-chave: Imprensa. Maranhão. Conservação do Papel.

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Artigo publicado na Revista Educação Gráfica editada pelo Departamento de Artes e Representação Gráfica da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP, Campus de Bauru, desde 1997. ISSN 2179-7374

O ÁLBUM BRASIL PITORESCO: GRAVURA E FOTOGRAFIA DE MÃOS DADAS MUDANDO A IMAGEM DO SÉCULO XIX

AUTORAS - Regiane Aparecida Caire da Silva;  Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho

Resumo

O trabalho aponta a parceria entre a litografia e a fotografia ocorrida pela primeira vez no Brasil na solução iconográfica do álbum Brasil Pitoresco, impresso na Maison Lemercier, França, em 1861. A edição, além do texto de Charles Ribeyrolles, foi ilustrada com litografias baseadas nas fotografias de Victor Frond, obtendo grande sucesso. Objetivou-se mostrar que o álbum contribuiu significativamente para a inovação da reprodução da imagem, bem como compreender o modus operandi das técnicas litográfica e fotográfica e na junção entre elas, resultando em um novo recurso no século XIX nomeado Fotolitografia. A análise possibilitou maior compreensão do projeto de Frond conferido entre dois processos distintos na construção da imagem, um por meio fotoquímico-mecânico, o outro pela a mão do litógrafo e o hibridismo entre eles. Portanto, o conhecimento tecnológico, não desvinculado das questões do contexto social, histórico e gráfico, reforça a necessidade de se discutir a relação entre ciência, técnica e tecnologia na interação de dois meios de trabalho em meados do Oitocentos: o manual e o industrial.

Palavras-chave: Victor Frond; fotografia; litografia; fotolitografia; gravura.

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II JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM ARTES VISUAIS - UFMA - 2020

 Com a COVID-19 o ano de 2020 foi  estranho e triste. Quando retornei de Portugal em 26 de Janeiro de 2020, cheia de ideias para desenvolver ao longo do ano, em março, tivemos que mudar todos os planos. Mas nem por isso paramos as atividades da pesquisa e do ensino, no segundo semestre voltamos em modo remoto realizando, inclusive, a nossa Jornada.

II JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM ARTES VISUAIS - de 30/11 a 04/12 de 2020.



Participantes sob minha orientação,  da pesquisa A imagem gráfica na Coleção Artur Azevedo: estudo dos processos de impressão e da conservação preventiva do papel; e do Trabalho de Conclusão do Curso TCC

1- Elementos gráficos e gravuras na Revista L’Art du Théâtre: investigações de elementos e técnicas encontradas na revista

Ana Lúcia Lopes de Sousa

Orientadora: Dra. Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

O objetivo deste trabalho é apresentar algumas técnicas observadas de impressão e elementos gráficos que constituem a revista francesa L'Art du Théâtre do ano de 1903. Esta revista faz parte do acervo da Coleção Arthur Azevedo – que está sob a guarda do Palácio dos Leões, sede do governo do Estado do Maranhão. O objetivo é entender o colecionismo de Arthur Azevedo através das gravuras, revistas e jornais presentes no acervo e adquirir com o estudo conhecimento dos processos gráficos e artísticos utilizados no período. O estudo de caso, contará com análises de gravuras encontradas na revista e suas respectivas técnicas de reprodução da imagem, de elementos gráficos que constituem as páginas impressas e apontar suas variações e variedades dentro da mesma publicação. Esta primeira investigação destina-se a criar repertório visual e referencial e assim, conferir visibilidade para o material presente no acervo e construir os primeiros passos para a documentação e entendimento das técnicas gráficas.

Palavras-Chave: Revista L'Art Du Théâtre. Gravuras. Elementos Gráficos. Coleção Arthur Azevedo.

2- A conservação preventiva no acervo Arthur Azevedo: constituição e principais patologias do suporte papel

Fabiane Sousa Moura; Francinete Ferreira dos Santos

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

Pensando acerca da durabilidade de obras sobre papel e na importância de discutir conservação preventiva, a seguinte pesquisa pretende fazer um estudo sobre essas temáticas na Coleção Arthur Azevedo. Levando em consideração que o acervo em questão é composto por obras sobre papel, se torna necessário o conhecimento sobre a concepção do papel e suas principais patologias para futura análise do acervo, e desenvolvimento de material sobre o tema. É importante ressaltar a importância da preservação, conservação e acondicionamento deste patrimônio material fonte de memória e história. Para isso, nosso objetivo é estudar a importância da conservação preventiva, as técnicas construtivas do papel, e os principais fatores de degradação do documento gráfico, fatores físicos, ambientais, químicos, biológicos e humanos. A metodologia para o desenvolvimento até o momento está sendo por meio de pesquisa bibliográfica, foram consultadas bibliotecas virtuais e outros trabalhos (teses, mestrado, vídeo-aula).

Palavras-chave: Conservação Preventiva. Papel. Coleção Arthur Azevedo.

3- A fotogravura de Victor Frond na Coleção Arthur Azevedo e sua contribuição na iconografia do século XIX

Francisca Rosemary Ferreira de Carvalho

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

Este trabalho é resultado de pesquisa em andamento e que tem como escopo a imagem impressa no século XIX. A investigação acontece na Coleção Arthur Azevedo que faz parte do acervo artístico–cultural pertencente ao Governo do Maranhão, possui gravuras que integram parte da produção da imagem impressa naquele século, contribuindo com as coleções iconográficas oitocentistas do Brasil. Entre os artistas escolhidos pelo colecionador Azevedo tem-se o fotógrafo e pintor francês Victor Frond(1821-1881) cuja técnica associada ao seu nome é a Fotogravura. Para tanto, realizar-se-á uma pesquisa discorrendo sobre os motivos que impulsionaram sua vinda para o Brasil; conhecer os trabalhos como fotógrafo e editor; situar o interesse de Arthur de Azevedo pelas suas fotogravuras. E por fim, apresentar as fotogravuras como processo híbrido de reprodução da imagem e identificar se essa técnica foi utilizada em São Luís, capital considerada uma das melhores em relação às produções editoriais na segunda metade daquele século.

Palavras-chave: Impressão gráfica. Coleção Arthur Azevedo. Fotogravura. Victor Frond.

4- Os retratos de Sisson na Coleção Arthur Azevedo

Suane Maria Soares de Moraes Souza

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo

A pesquisa tem como objeto de estudo a obra “Galeria dos Brasileiros Ilustres”, de autoria do  artista, editor e litógrafo francês, Sebastien Auguste Sisson (1824-1898). O escopo deste trabalho é identificar quais são as personalidades ilustres retratadas pelo artista presentes na  vasta coleção de gravuras que compõem o acervo da Coleção Arthur Azevedo, de propriedade  do Governo do Estado do Maranhão. Sabe-se que Arthur Azevedo colecionou retratos em gravuras do Sisson, dessa maneira pretende-se entender as escolhas feitas por Azevedo. Bem  como, identificar as técnicas de reprodução da imagem, principalmente a litogravura, utilizada  por Sisson e seus contemporâneos no século XIX. A metodologia utilizada, preliminarmente,  será na edição digitalizada da Obra de Sisson e compreender o processo do seu trabalho gráfico  e artístico nos dois volumes. Posteriormente, a análise será na Coleção Arthur Azevedo.  Pretende-se compreender a importância do artista Sisson no meio gráfico, suas produções e das  personalidades retratadas por ele neste período.

Palavras-chave: Coleção Arthur Azevedo. Sisson. Litografia. Século XIX.

5- Coleção Arthur Azevedo: Museologia e colecionismo no limiar dos séculos XIX-XX 

Amanda Moraes; Valéria Pereira (egressas do curso)

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

Propõe-se nesta pesquisa compreender como surgiram as primeiras coleções em meados dos séculos XVI – XVII conhecidas como “gabinete de curiosidades ou maravilhas”, refletir como se configuraram as primeiras formações museológicas pela Europa e, concomitantemente, sobre o hábito de colecionar. Esse estudo preliminar dará embasamento no tema colecionismo para compreendermos o papel de Arthur Azevedo como colecionador. Dessa maneira, fazemos um paralelo com o histórico da Coleção Arthur Azevedo, em que o acervo é composto por gravuras, pinturas, livros, revistas e recortes de jornais contendo textos e ilustrações, adquiridos por Arthur Azevedo até 1908, ano de sua morte no Rio de Janeiro. Obtida pelo Governo do Estado do Maranhão em 1910, considerada um valioso patrimônio artístico-cultural está sob a guarda do Palácio dos Leões. O estudo será bibliográfico com levantamento de dados e de cunho qualitativo e, posteriormente, na própria coleção. 

Palavras-chave: Colecionismo. Museologia. Coleção Arthur Azevedo.

OUTROS TEMAS - TCC

6- Acervo museal, pesquisa e ensino de artes: proposta metodológica de pesquisa e ensino por meio da serigrafia de Cícero Dias do Museu Histórico e Artístico do Maranhão

Flávia Rodrigues dos Santos

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

Este trabalho discorre sobre a doação de 49 obras da Coleção do Banco Central do Brasil à Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão em 1996, para completar a coleção Artur Azevedo do Museu de Artes Visuais do Maranhão- MAV. As gravuras encontram-se sob a guarda do Museu Histórico e Artístico do Maranhão – MHAM. O seu conhecimento ocorreu por meio da catalogação e análise física de obras em 2018, desenvolvidas pelo grupo de pesquisa “O papel na Arte no Maranhão: originais e gravuras”. Identificou-se as obras, o processo de doação e as técnicas artísticas praticadas, a investigação foi realizada na reserva técnica do MHAM. Objetivou-se utilizar os resultados das análises para contribuir com o setor museológico da instituição e fomentar o conhecimento sobre a coleção, propondo o uso de metodologia de ensino no intuito de interligar museu e escola, com ênfase nas serigrafias de Cícero Dias (1907-2003) artista do Modernismo brasileiro presente na coleção em questão.

Palavras-chave: Coleção Banco Central do Brasil. Cícero Dias. Ensino de Arte.


7- O audiovisual através de lentes femininas: um olhar sobre a produção e a participação de mulheres no cinema maranhense

Ester Pereira Serra

Orientação: Profª. Drª. Patricia Kely Azambuja

Coorientação: Profª. Drª. Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

O audiovisual por meio dos seus códigos de linguagem assumiu ao longo do tempo um papel importante na construção e desconstrução de estereótipos acerca da imagem da mulher na sociedade. Este trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa que tem como objetivo compreender a presença da mulher no processo de realização fílmica em São Luís. Devido à escassez de informações no levantamento bibliográfico preliminar, utilizamos a análise documental da programação dos festivais Guarnicê e Maranhão na Tela nos anos de 2014 a 2019 como ponto de partida para mensurar a participação de mulheres na equipe técnica dos filmes. Além do mais, propomos como etapa complementar, utilizando a entrevista narrativa, o envolvimento com as vivências de algumas dessas mulheres, não necessariamente através da análise do conteúdo de suas produções disponíveis na programação dos festivais, mas de suas experiências pessoais, expectativas atuais e visões de mundo.

Palavras-chave: Mulher. Audiovisual. Cinema maranhense. 

8- O museu e a escola: a relação do estudante maranhense de educação básica com o museu histórico e artístico do maranhão

Maria Raimunda Santos Rabelo de Oliveira

Orientação: Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Resumo:

Este trabalho se dedica a discorrer sobre a temática museu e educação sobretudo a relação do estudante maranhense com o Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), bem como compreender em que circunstâncias essas visitas acontecem e os objetivos em faze-las. A pesquisa é de caráter exploratório, contendo fontes primárias (documentos do museu) e secundárias, métodos qualitativos e quantitativos e aconteceu em duas etapas, optou-se por uma pesquisa documental no livro de registro de visitantes do MHAM, onde foram analisados os anos de 2013 a 2017, o perfil do público frequentador tendo como foco estudantes visitantes sobretudo o percentual de estudante maranhense que frequenta esse espaço. Diante dos dados apresentados verifica-se que o estudante maranhense não tem hábito em visitar o Museu e é levado por meio da escola. A pesquisa tem por finalidade colaborar com estudos sobre a temática ainda pouco explorados nos museus maranhenses, discutindo possíveis caminhos para uma educação museal mais sólida.

Palavras-chave: Educação museal. Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Estudantes maranhenses.

 

PARA VER A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA JORNADA COM TOTAS AS APRESENTAÇÕES  

ACESSE AQUI

domingo, 24 de maio de 2020

ESTÁGIO MOINHO DE PAPEL 2019





No formato de estágio/aprendiz fiz com minha amiga  Laís Guaraldo professorada Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, todas as etapas necessárias para a fabricação de papel manual de algodão realizada no Museu Molí Paperer de Capellades/ Museu de la Ciência i de la Técnica de Catalunya – Espanha.
A orientação teórica e prática teve apoio da diretora do museu Victòria Rabal i Merola, e aconteceu no período de 14 a 24 de julho de 2019.

O Museu Molí Paperer de Capellades/ Museu de la Ciência i de la Técnica de Catalunya está centrado em um antigo moinho de papel “Molí de la Vila”, e conserva a estrutura própria dos moinhos papeleiros do século XVIII.
Entre os séculos XVIII e XIX, Capellades e seu entorno constituíram um dos centros papeleiro mais importantes do Estado espanhol. Fundado em 1958 por um grupo de industriais papeleiro, o Museu-Molí Paperer de Capellades nasceu com dupla estrutura: museu e moinho. Aonde se unem e se complementam a difusão do patrimônio histórico e industrial na fabricação do papel, graças à continuidade da prática com atividade artesanal do papel feito a mão: esta dualidade lhe proporciona seu carácter único.



Elaboração do papel no museu


Utilizou-se como matéria prima um lençol usado de solteiro, branco e 100% de algodão, como estava descrito na etiqueta.
Picou-se o tecido em pequenas tiras colocado-as de molho em água (normal de torneira) por 24 horas, depois foram refiladas na Pila Holandesa máquina que substituiu o antigo processo usado pelos fabricantes de papel. Este equipamento sucedeu as estruturas de madeira em forma de pilões acionados por moinhos d’água as quais “socavam” por horas (em torno de 30 horas) o tecido até a celulose do algodão se soltar.




Além de experienciar a produção, o museu possui uma biblioteca específica sobre a história,   fabricação, conservação e restauro do papel. Nas horas vagas pude consultar algumas edições que não teria acesso no Brasil e nem em Portugal. A vivência na produção do papel manual e o estágio pós- doutoral    em conservação e restauro de documentos gráficos na Universidade Nova de Lisboa somaram significativamente meu conhecimento sobre esse material frágil. Ele é amplamente utilizado desde sua descoberta como suporte de informação habitando diversos arquivos, bem como, escolhido pelos artistas para suas obras .
O cuidado com obras sobre o papel deve ser redobrado.





sábado, 23 de maio de 2020

PÓS DOUTORADO 2019-2020


Em fevereiro de  2019 iniciei o Pós Doutorado em Portugal com o projeto Documentação Gráfica: estudo, conservação e restauro de obras sobre o papel, supervisionado pela Profª Dra. Maria da Conceição Lopes Casanova do Departamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciência e Tecnologia. O projeto teve a duração de 12 meses e com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA - EDITAL Nº 006/2019 PÓS-DOUTORADO NO EXTERIOR.


Universidade Nova de Lisboa - Campus Monte da Caparica - Portugal

Pude participar de disciplinas do curso de Conservação e Restauro (graduação e mestrado) e no Laboratório DG realizar trabalhos práticos de diagnóstico e de restauro em documentos gráficos.
Minha turma e supervisora foram muito importante neste período de além mar.

Supervisora Conceição, pesquisadora Cataria e colegas do curso de Conservação e Restauro

Profa. Élida, Ana Maria (secretária), Catarina, eu, outras imagens do Lab DG


 MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA  – MUHNAC

Além das atividade da Universidade também fiz outras pesquisas em Portugal. Uma delas realizei no MUHNAC, lá investiguei  publicações de botânica do século XVIII, gravuras da Flora Medicinal, documentos históricos. Tive o apoio de dois investigadores do museu, Ana Pascoal e David Gregório,  que me auxiliaram muito durante os meses que estive no local.
Em um dia teve o prazer de receber a Dra Maria Helena Roxo Beltran a Lena ( foi minha orientadora do doutorado na PUCSP) que gostou muito do museu e da investigação que fazia.



Com Lena, fachada do MUHNAC e sala de pesquisa


I CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTORIA DA CIÊNCIA E ENSINO PORTUGAL

Participei de 30,31 de Maio de 1 de Junho do 1º Congresso Internacional de História da Ciência e Ensino promovido pela Universidade Trás-dos-Montes UTAD em Vila Real - Portugal. Apresentei o trabalho "A formação do artista botânico no século XIX: fronteira entre ciência e arte". O evento foi muito bem organizado com direito a passeio pela região no ultimo dia do congresso. Encontrei pessoas queridas como a Lena (PUCSP), Mirra, Deivid  e a Marta (MAST)



I COLÓQUIO INTERNACIONAL A IMPRENSA NACIONAL: 
250 ANOS DE HISTORIA. O LIVROS, OS SABERES E O ESTADO

Outro evento que participei com apresentação de trabalho ocorreu nos dias 28 e 29 de novembro 2019, na  Universidade Autónoma de Lisboa – UAL – Lisboa com apoio da Imprensa Nacional e Casa da Moeda - INCM.
O título da apresentação: A FLORA FLUMINENSE DE FREI VELOSO E AS PUBLICAÇÕES DA CASA LITERÁRIA DO ARCO DO CEGO: considerações sobre a imagem impressa.