XVI Encontro Humanístico da UFMA “Ciências Humanas e Sociais no Brasil Contemporâneo:diálogos sobre práticas formadoras e intervenções na sociedade”
de 27 a 30 de novembro de 2018
Realização:
Núcleo de Humanidades – Centro de Ciência Humanas (CCH)
Trabalhos apresentados:
30 ANOS DA COLEÇÃO ASSIS CHATEAUBRIAND NO MARANHÃO:
CONSIDERAÇÕES SOBRE SUA ORIGEM COM DESTAQUE PARA A OBRA DE PABLO PICASSO
Dra Regiane Caire Silva
Resumo:
Este trabalho faz parte da pesquisa realizada sobre o acervo do MHAM com recorte na Coleção Assis Chateaubriand. O objetivo foi esclarecer a origem da Coleção, bem como da obra de Pablo Picasso, ambos com dados escassos no arquivo do museu. A metodologia utilizada compreendeu em estudo in loco de documentos inéditos no MASP e no próprio MHAM com analise física das obras. A Coleção Assis Chateaubriand faz parte da determinação de Assis Chateaubriand (1892-1968) em fundar os museus regionais, projeto iniciado por volta de 1965, em parceria com Yolanda Penteado (1903-1983) com o intuito de descentralizar as artes do eixo Rio-São Paulo. A campanha resultou em seis espaços museológicos: Museu de Dona Beja em Araxá (MG), Museu de Arte Contemporâneo - Olinda (PE), Museu de Arte de Feira de Santana (BA), Pinacoteca Rubem Berta em Porto Alegre (RS), Galeria Brasiliana em Belo Horizonte (MG), Museu Pedro Américo em Campina Grande (PB). Em curso deixou o de São Luís do Maranhão e o de Maceió (MANTOVAN, 2015, p. 144). A criação do Museu Regional do Maranhão não aconteceu, como almejava o empresário, no entanto, a doação das 42 obras foi realizada por Chateaubriand em 1968, as quais somente chegaram ao seu destino em 1988. O Maranhão, diferente dos outros estados que tiveram seus museus regionais inaugurados, não disponibilizou, naquele momento, um espaço físico para a formação do museu. Durante 20 anos as obras ficaram sob a guarda do Museu de Arte de São Paulo - MASP e pode-se confirmar, baseado em documentos pesquisados no próprio MASP, que o maranhense e político José Sarney (1930) tentou recebê-las empenhadamente, mas somente foi atendido quando ocupava o posto de Presidente da República em 1988, pode-se concluir que provavelmente foram questões políticas o motivo do atraso (CAIRE SILVA; ESPÍRITO SANTO, 2016, p.196). A lista de envio emitida pelo MASP consta 42 obras, entre elas a serigrafia Tauromaquia de Pablo Picasso com data de 1950, este artista pelo que representa no cenário artístico mundial e pela falta de informações sobre sua obra no MHAM mereceu investigação mais aprofundada. Por meio dos dados obtidos em bibliografia sobre a produção gráfica e têxtil dos anos 50 deduz-se que a serigrafia Tauromaquia teve origem no projeto de apoio financeiro feito por Picasso ao recém-inaugurado Institute of Contemporary Arts – ICA de Londres, e seu provável nome seja Bulls and Sunflowers. Os fatos levantados revelam elementos desconhecidos pelo MHAM e apontam a inserção pregressa de Picasso no design têxtil, momento em que o artista passa a fornecer desenhos e pinturas para estamparias em meados do século XX. Cabe ressaltar que a Coleção Assis Chateaubriand neste ano completa 50 anos desde a sua formação em 1968 e 30 anos como parte integrante no acervo do MHAM, merecendo assim divulgação.
Palavras-chave: Assis Chateaubriand. Museu Regional. Pablo Picasso. Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
O MUSEU COMO ESPAÇO DE PESQUISA E ENSINO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A COLEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO MARANHÃO
Ester Pereira Serra
Regiane Caire Silva
Resumo
A museologia assumiu ao longo do tempo importantes discussões sobre a sua importância na sociedade. Há tempos o museu perdeu a característica de ser um local apenas para ser visitado, onde objetos antigos são exibidos e contemplados. Este trabalho propõe que o museu seja um espaço onde o exercício da pesquisa deve ser praticado, portanto tem-se como objetivo mostrar a relevância da investigação por discentes na produção de conhecimento mútuo, isto é, para o setor museológico com o resultado do trabalho e para o discente como outro campo de aprendizado. Cabe salientar que apesar dos avanços das políticas museais, no Maranhão ainda estamos catalogando e identificando a origem das coleções. Este estudo aconteceu no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM) com recorte na Coleção do Banco Central do Brasil composta de artistas representantes do modernismo brasileiro. A metodologia utilizada foi analise física de gravuras, desenhos e pinturas sobre o papel com o intuito de reconhecer os processos gráficos da produção, o histórico da coleção, bem como obter informações básicas sobre a conservação do papel. O resultado pode contribuir com o setor museológico do MHAM e para a formação dos discentes de artes visuais.
Palavras-chave: Coleção do Banco Central. Acervo. Gravura. Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
MUSEO E UNIVERSIDADE: UMA PARCERIA QUE DÁ CERTO
Flavia Rodrigues dos Santos
Regiane Aparecida Caire Silva
Maria Raimunda Santos Rabelo de Oliveira
Lourdes Maria da Silva Carvalho
Resumo:
O trabalho apresenta o resultado parcial do levantamento das coleções do Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM. Objetivou-se incentivar estudantes universitários do curso de artes visuais a fazer pesquisa e compreende-la como método de aprendizado e gerador de conhecimento. Para tanto levantou-se no acervo a origem das coleções através de documentos, bibliografia e visita local, os resultados puderam contribuir com o setor museológico do MHAM e para a formação destes alunos pesquisadores, ampliando de maneira significativa o entendimento na área das artes e da museologia.
Palavras-chave: Museu Histórico e Artístico do Maranhão; Museologia; Coleções.
Profª Drª Regiane Caire Silva
Graduanda Flávia Rodrigues dos Santos
Graduanda Ester Pereira Serra