O trabalho apresentado foi A tradição dos manuscritos na imagem impressa da botânica no século XIX
Resumo
Para estudiosos da imagem impressa o
século XIX é um celeiro de técnicas com possibilidades singulares. Não existe
ruptura, processos de impressão “emprestam” tecnologia para o desenvolvimento
de outros. Um caso relevante é a fotografia que mudou de maneira irremediável a
impressão gráfica a partir do século XX; foi através da litografia e sobre
matrizes de impressão (madeira, metal, pedra) que o processo fotográfico apoiou
seus primeiros experimentos, até se
tornar uma técnica independente.
No estudo realizado sobre a imagem da
botânica em livros impressos do século XIX, nos deparamos, após análise
minuciosa das técnicas de impressão, que existe, ainda, uma forte ligação do
livro impresso com iluminuras dos manuscritos. Mostramos que no período existiu
além da gravura iluminada, conhecida desde o século XV, também a “pintura com
gabarito impresso” termo utilizado pela autora, onde a técnica de impressão é
um gabarito e está totalmente escondia sob camada da tinta aplicada manualmente.
O resultado é uma pintura quase única, original, e não uma gravura onde a reprodução quantitativa
e igualitária é conseguida. Aponta-se como o reconhecimento das técnicas de
impressão pode embasar a conclusão: que
em pleno aquecimento da indústria livreira encontramos pinturas feitas - uma a uma - em edições impressas da
botânica.
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